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Série de postagens sobre Compostagem



Olá geosseguidores 🤓 Você sabe o que é resíduo orgânico? 💚 Os resíduos orgânicos são constituídos basicamente por restos de animais e vegetais. Podem ser provenientes de atividades domésticas (restos de alimentos), urbanas (varrição de vias públicas), agrícola (resíduos de agroindústria), industrial (resíduos de madeireiras), de saneamento básico (lodos de estações de tratamento de esgotos), entre outras. Esses materiais quando dispostos em condições ambientes, são degradados naturalmente por microrganismos existentes no meio, fazendo com que haja a recirculação e reciclagem de seus nutrientes pelo ciclo biológico. Entretanto, caso sejam geridos de maneira inadequada, são responsáveis pela geração de chorume (contribui para a contaminação do solo e das águas subterrâneas), emissão de metano e gás carbônico na atmosfera em seu processo de degradação biológica (intensificadores do efeito estufa) além da proliferação de vetores de doenças, como ratos e mosquitos, que podem transmitir leptospirose e dengue, por exemplo. A diferença entre lixo orgânico e inorgânico se baseia em sua origem produtiva. O material que compõem o lixo inorgânico não possui origem biológica, ou seja, é produzido por meios não-naturais como o plástico, alumínio e vidro ♻.

Figura 1. Lixo orgânico. Fonte: CGS Concessões. Disponivel em: http://cgcconcessoes.com.br/o-que-e-lixo-organico/


O nível de produção de resíduos está relacionado ao grau de desenvolvimento das forças produtivas de um país, tanto com relação à quantidade quanto à variedade de materiais a serem descartados e sua concentração espacial, sobretudo nas grandes capitais e regiões metropolitanas (Magera, 2003; Fé e Faria, 2011; Pinhel, 2013). No caso do Brasil, a urbanização acelerada iniciada no governo de Juscelino Kubitschek, o qual trazia como lema o desenvolvimento de “50 anos em 5”, resultou em um crescimento desordenado dos centros urbanos e atrelado a uma cultura de não preocupação com as questões ambientais no país, resultando em inúmeros problemas relacionados à gestão e ao gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU).

De acordo com o estudo de 2017 denominado “A Organização Coletiva de Catadores de Material Reciclável no Brasil: dilemas e potencialidades sob a ótica da economia solidária, do técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Sandro Pereira Silva, estima-se que a geração de resíduos sólidos urbanos no Brasil, que apresenta valores em torno de 160 mil toneladas diárias, sendo que cerca de 30% a 40% são considerados passíveis de reaproveitamento e reciclagem. Além disso, a composição dos resíduos descartados no país é composta prioritariamente de matéria orgânica (57,41%), seguido do plástico (16,49%), papel e papelão (13,16%), vidro (2,34%), material ferroso (1,56%), alumínio (0,51%), inertes (0,46%) e outros materiais (8,1%).

Em se tratando de Aterros Sanitários, a problemática se faz presente com relação ao não conhecimento dos materiais existentes nas células dos aterros, já que a segregação desses resíduos é ínfima na realidade do nosso país. Em decorrência disso, o método de tratamento dos resíduos, a gestão e manejo dos mesmos além do controle operacional do aterro dificultam o gerenciamento e tornam o processo muito mais difícil e complexo do ponto de vista técnico e financeiro 🌎. O ideal seria que houvessem práticas de segregação dos resíduos na fonte produtora com o intuito de diminuir os gastos com as tecnologias de fim de tubo, com o objetivo de destinar os resíduos a formas de disposição final ambientalmente adequadas de acordo com suas particularidades, tais como compostagem (tratamento bioquímico), reciclagem (tratamento mecânico) e incineração (tratamento térmico).


Com o aumento da geração de resíduos, os aterros vêm atingindo alturas cada vez mais elevadas para expandir sua capacidade de acomodação dos resíduos a fim de conseguir suprir a demanda da sociedade atualmente, que apresenta taxas cada vez mais crescentes de consumo. Somado a isso, a elevada contribuição de orgânicos no lixo e sua redução volumétrica atrelada a sua acomodação física nas células, causada pelo processo natural de degradação biológica da matéria orgânica, causa instabilidade nos maciços gerando a movimentação das células (recalque), o qual deve ser constantemente monitorado, como por exemplo, por meio do monitoramento geotécnico utilizando o levantamento topográfico planialtimétrico ou pelo uso de drones, com o intuito de prever potenciais tendências anômalas e garantir a segurança dos profissionais que atuam nessa obra de engenharia, da sociedade civil e do meio ambiente.

Figura 3: Levantamento Planialtimétrico para o monitoramento de Aterro Sanitário. Disponível em: Imagens Google.


Vídeo 1: Monitoramento Geotécnico de um aterro Sanitário por meio do uso de Drones. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=_pPi2ioWesw



Referências:

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