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Tragédia de Capitólio e seus impactos na sociedade

Janeiro de 2022 foi marcado na história como um evento trágico que tirou a vida e feriu outras diversas pessoas, como mostrado na Figura 1. O que inicialmente causou pânico se transformou em trauma e momentos de luto divididos entre parentes das vítimas. O desastre é definido como resultado de eventos naturais, adversos ou antrópicos, sobre um ecossistema (vulnerável), causando danos humanos, materiais e/ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e para a sociedade (Castro et al., 1998).


Figura 1: Tragédia em Capitólio


Em muitos casos, como Capitólio, ocorre o chamado “Turismo Predatório” que consiste em um conjunto de práticas e/ou atividades turísticas que acontecem de modo desordenado e irresponsável, causando impactos negativos em determinada região . Esses acidentes ocorrem geralmente por falta de sinalização, incapacitação dos profissionais e imprudência de alguns turistas. No caso de Capitólio, faltava um estudo local para saber o risco para a visitação turística e uma sinalização correta para os visitantes (Vieira, 2022).


Após a tragédia, a atividade turística desapareceu, o local ficou proibido de receber pessoas e os possíveis visitantes ficaram desencorajados por pelo menos 1 ano após o incidente, gerando diversos impactos para quem dependia do dinheiro movimentado em atividades na região. Os pacotes de viagens para a cidade de Capitólio tiveram um cancelamento de 100%, causando prejuízo a comerciantes, hotéis, pousadas, bares, restaurantes, passeios de barco, entre outros (Augusto, 2022).


Capitólio é uma cidade pequena, com cerca de 8.256 habitantes (IBGE 2012). Os recursos locais são compostos por agropecuária, comércio, construção civil e principalmente o turismo. O acontecido no local impactou de forma considerável a economia local, visto que 30% das empresas e 33% dos empregos na cidade estão diretamente ligados ao turismo, contando com mais de 30 atrativos, dos passeios de lancha, mostrados na Figura 2,cachoeiras e balonismo à gastronomia e à cultura (Padin, 2022).


Figura 2: Embarcações com turista em cânions de Capitólio – MG


Segundo Leônidas Oliveira, responsável pelo turismo no estado de Minas Gerais, convencer as pessoas que frequentar o local é seguro novamente não é uma tarefa fácil, ainda mais com a influência midiática após o ocorrido Foi necessário um grande investimento em segurança e um trabalho lento para que, a partir das campanhas, o turismo local voltasse à normalidade que aconteceu cerca de um ano depois, já que 90% da ocupação hoteleira foi atingida até o final do ano de 2022 (Padin, 2022).



Referências:


Castro, A. et al. MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL SECRETARIA DE DEFESA CIVIL MANUAL DE PLANEJAMENTO EM DEFESA CIVIL VOLUME I Antônio Luiz Coimbra de Castro Ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Secretário de Defesa Civil. [s.l: s.n.]. Disponível em: <http://www.defesacivil.mg.gov.br/images/documentos/Defesa%20Civil/manuais/Manual-PLANEJAMENTO-1.pdf>


‌‌VIEIRA, G. A. et al. Overtourism: o acidente e o desastre em Capitólio-MG. Brazilian Journal of Production Engineering, v. 8, n. 5, p. 18–22, 23 ago. 2022. Disponível em:


Augusto, L. Tragédia em Capitólio (MG) impacta turismo na região, 2022. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/01/tragedia-em-capitolio-mg-impacta-turismo-na-regiao.shtml.


Padin, G. Com turismo como carro-chefe, Capitólio sofre impacto após início de ano dramático, 2022.

Disponível em:


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